BRASIL
- Qual a maior tragédia? A derrota para o Uruguai, em 1950, no Maracanã
O Brasil quis usar o fator campo para conquistar o seu primeiro título mundial, em 1950. Logo na estreia, a Seleção mostrou serviço e goleou o México por 4 a 0, enchendo o torcedor de confiança.
O segundo jogo não foi dos mais animadores: empate de 2 a 2 diante da Suíça. Na terceira partida, a equipe canarinho bateu a Iugoslávia por 2 a 0 e se classificou para a fase final. Na reta decisiva, a equipe humilhou a Suécia por 7 a 1 e a Espanha por 6 a 1.
O clima de já-ganhou era total para a decisão contra o Uruguai. O time do técnico Flávio Costa chegou a sair na frente, mas permitiu a reação uruguaia e deixou o título escapar diante de 200 mil pessoas. Foi o Maracanazzo que tomou o país de tristeza.
- Qual o gol mais bonito? De Pelé contra o País de Gales na Copa de 58, na Suécia
O cartão de visita de Pelé sobre o que iria fazer com a bola nos pés pelo planeta foi apresentado na partida contra o País de Gales, válida pelas quartas-de-final da Copa do Mundo de 58, na Suécia.
A Seleção enfrentava uma equipe retrancada até os 21 minutos do segundo tempo. Aos receber uma bola de Didi de costas para o gol, o menino-rei conseuiu se livrar de dois marcadores com um toque genial e chutou de bico no canto direito do goleiro Kelsey. Foi o suficiente para o Brasil vencer por 1 a 0 e garantir a classificação para as semifinais da competição.
- Qual foi o maior capitão brasileiro? Dunga, na Copa de 94, nos Estados Unidos
Carlos Caetano Bledorn Verri, o Dunga, gaúcho de Ijuí, conseguiu subir do inferno para o céu em quatro anos. Na Copa de 90, na Itália, ele simbolizou a filosofia defensivista do técnico Sebastião Lazaroni.
Como a equipe foi eliminada nas oitavas-de-final pela Argentina, sua imagem ficou associada ao fracasso. Era o fim da Era Dunga. Já em 94, nos Estados Unidos, na qualidade de capitão do técnico Carlos Alberto Parreira, o meio-campista não apenas comandou o time dentro de campo como ainda foi eficiente na marcação e até mesmo na armação das jogadas.
Foi dele um dos gols da decisão por pênaltis contra a Itália. A redenção aconteceu no momento em que levantou a taça Fifa, repetindo os gestos de Belini, Mauro e Carlos Alberto Torres. Defendeu a camisa canarinho durante 96 jogos e marcou sete gols.
GOLS
- Qual o gol mais bonito? Maradona dribla 6 ingleses na Copa-86
Aos 11 minutos do segundo tempo do jogo Argentina x Inglaterra, válido pelas quartas-de-final da Copa do Mundo de 86, Maradona recebe a bola no meio do campo, cercado por dois marcadores. Dieguito consegue se livrar de ambos e dispara velozmente em direção ao gol adversário.
Driblou seis rivais ao todo, incluindo o goleiro Shilton, e com um leve toque de esquerda faz um gol de placa. Antes da obra-prima, El Pibe de Oro havia aberto o placar aos seis minutos depois de ludibriar o árbitro Ali Naceur, da Tunísia. O craque saltou com Shilton e claramente deu um soco de esquerda na bola que entrou. Para o espanto geral, o juiz validou o gol. Após o jogo e vitória da Argentina por 2 a 1, o craque disse que a jogada foi obra da "Mano de Dios" (mão de Deus).
- Qual o gol perdido mais incrível? Muller, do Brasil, contra a Argentina
No melhor jogo do Brasil na Copa de 90, na Itália, o time do técnico Sebastião Lazaroni se despediu da competição com a derrota por 1 a 0 para a Argentina, gol de Caniggia após jogada genial de Diego Maradona. A Seleção apresentou um bom futebol naquela partida e encurralou o rival em seu campo.
As oportunidades foram criadas e desperdiçadas. No segundo tempo, o panorama não se alterou, com duas bolas na trave argentina e vários gols perdidos por Muller. Mas o maior erro do atacante são-paulino ocorreu quando faltava apenas um minuto para o encerramento da partida.
A Argentina já estava vencendo o jogo por 1 a 0 quando o brasileiro recebeu a bola livre, cara a cara com o goleiro Goycoecha. Muller, no entanto, se afobou e chutou bisonhamente para fora, jogando no lixo a chance do empate.
- Qual o jogador que marcou mais gols em uma edição da Copa? Just Fontaine, artilheiro da Copa de 58
Vestindo a camisa 17 da França, Just Fontaine marcou 13 gols em seis jogos que disputou na Copa do Mundo de 58, na Suécia. Até hoje ele carrega o recorde de gols em um único mundial.
A sua grande atuação contribuiu para que seu país chegasse ao terceiro lugar no torneio. Fontaine começou a carreira na union Sportive Marrocaine. Logo depois se transferiu para o Nice, onde ficou de 1953 a 1956.
Porém, foi jogando pelo Stade Reims, de 1956 e 1961, que o artilheiro ganhou notoriedade. Conquistando duas vezes o Campeonato Francês (1958 e 1960), além de uma copa nacional. Era um jogador veloz par se infiltrar na área, com chute forte e bom cabeceio, qualidades que ajudou o jogador a marcar 27 gols em suas 20 participações internacionais.
Apesar de se aposentar precocemente aos 29 anos por causa de uma fratura dupla de tíbia e perônio, Fontaine marcou 163 gols na carreira e foi o artilheiro do Campeonato Francês em 1958 e 1960.
JOGADORES
- Quais as únicas pessoas que conquistaram Copas como técnico e jogador? Beckenbauer (Alemanha) e Zagallo (Brasil)
Mário Jorge Lobo Zagallo se orgulha de ter participado das quatro primeiras conquistas mundiais da Seleção Brasileira. Esteve em campo como jogador no bicampeonato de 58-62, comandou a equipe canarinho na conquista do tricampeonato em 70, no México, e foi o coordenador-técnico no tetra de 94.
Dirigiu o time em 136 jogos, com 98 vitórias, 28 empates e 10 derrotas. Já Franz Beckembauer é considerado o maior líbero do futebol mundial. Defendeu a seleção alemã como jogador nas Copas de 66, 70 e 74. No Mundial disputado em casa, teve o orgulho de levantar a taça Fifa.
Quando foi dirigir a seleção, sofreu uma forte pressão da imprensa do seu país, que questionava o fato de como um técnico sem diploma poderia ter essa responsabilidade. Mas o Kaiser não se intimidou e comandou o time na conquista do tri, em 90, na Itália.
- Qual o jogador que disputou mais partidas? Lothar Matthäus, da Alemanha, com 25 jogos
Lothar Matthäus é o jogador que mais disputou partidas em Copas do Mundo. Foram 25 partidas em cinco Mundiais (82, 86, 90, 94 e 98) e 2003 minutos jogados. O craque começou a carreira no Borussia Monchengladbah, no final dos anos 70.
A partir de 88 se tornou capitão da seleção alemã e, ao mesmo tempo, foi vendido à Internazionale (ITA). Na Itália, conquistou o Scudetto na temporada 1988/89, a Copa Uefa 1990/91 e a Supercopa da Itália em 89. Em 90, quando levantou a taça Fifa na Copa da Itália, recebeu a bola de ouro como melhor jogador do mundo.
Defendeu a seleção do seu país por mais de 100 partidas e começou a carreira de treinador no Rapid de Viena, da Áustria. Dirigiu a seleção da Hungria antes da passagem meteórica pelo futebol brasileiro onde dirigiu o Atlético-PR.
- Qual goleiro ficou mais tempo sem tomar gol? Zenga, da Squadra Azzurra, na Copa de 90
A Itália pode ter decepcionado os tifosi na Copa de 90, porém o seu goleiro Walter Zenga fez bonito. Ele bateu o recorde de minutos sem levar gols em mundiais que pertencia a Leão, do Brasil, em 78. Zenga ficou 517 minutos sem ser vazado contra 457 de Leão.
Banks, da Inglaterra, na Copa de 66, ficou 442 minutos sem buscar a bola no fundo do gol. Zenga era preciso nas saídas do gol. Defendeu o Salernitana, o Savona e o Sambenedettese, da Série C, antes de se tornar titular da Internazionale em 1983. Foi campeão italiano em 1989, da Supercopa da Itália no memo ano e da Copa da Uefa, em 1991.
MUNDIAIS
- Qual o jogo mais emocionante da História? Itália 4 x 3 Alemanha, semifinal de 70
A semifinal entre itália e Alemanha, na Copa de 70, foi espetacular. Boninsegna abriu o placar para a Itália aos 7 minutosdo primeiro tempo.
Depois de muito martelar, os alemães chegaram ao empate aos 45 minutos da etapa final, com gol de Schenellinger. A Alemanha partiu para a segunda prorrogação em três dias e com praticamente um jogador a menos, já que Beckenbauer estava com a clavícula fraturada. Muller, aso 4 minutos, pôs a Alemanha na frente.
A Itália reagiu e Burgnich, aos 8, estabeleceu a igualdade. Os italianos não desistiram e, aos 13, Riva fez Itália 3 a 2. Aos 5 minutos do segundo tempo da prorrogação, Muller voltou a igualar o marcador. Na saída de jogo, Rivera aproveitou a desatenção da defesa alemã e marcou o quarto gol, decretando a classificação italiana para a decisão com o Brasil.
- Qual o maior jogador? Pelé, na Copa de 70, no México
Edson Arantes do Nascimento, o Rei Pelé, fez uma promessa ao pai quando o viu chorar pela derrota do Brasil na Copa de 50. Garantiu ao velho Dondinho que iria fazer o país campeão do mundo. O garoto cumpriu a promessa oito anos depois na Suécia.
Aos 17 anos, o menino assombrou o mundo com jogadas de craque e ajudou a Seleção a conquistar o título em 58. Em 62, Pelé, machucado, pouco pôde fazer. Muito menos em 66, prejudicado pela bagunça da CBD. Mas em 70 o Rei assumiu a sua majestade. Marcou quatro gols, deu assistências maravilhosas e brindou o planeta com jogadas de gênio.
Quase marcou um gol do meio de campo contra a Tchecoslováquia, deu uma meia-lua com jogo de corpo contra Mazurkiewicz e um passe sem olhar para Carlos Alberto dar o tiro de misericórdia contra a Itália na decisão. Um show digno de um Atleta do Século.
- Qual foi a final mais marcante? Brasil 4 x 1 Itália, na Copa de 70, no México
Apesar da forte marcação italiana, o Brasil começou a faturar o tricampeonato mundial no México aos 18 minutos do primeiro tempo. Rivellino cruzou para a área e Pelé testou firme de cabeça para fazer 1 a 0. A Azzurra chegou ao empate aos 37 minutos graças a um erro infantil de Clodoaldo, que errou um passe de calcanhar.
Mazola roubou a bola, dividiu com Félix e Brito e Boninsegna aproveitou o rebote para marcar. A Seleção voltou a ficar na frente aos 20 minutos. Gérson driblou o marcador na entrada da área e bateu forte de canhota, sem chance para Albertosi.
O terceiro gol foi marcado por Jairzinho aos 25. O quarto gol, anotado aos 42 minutos, foi uma pintura. Clodoaldo driblou cinco jogadores e passou para Rivellino, que lançou Jairzinho. O Furacão da Copa avançou pelo meio e tocou para Pelé. O Rei pressentiu a chegada de Carlos Alberto e apenas rolou a bola. O lateral soltou a bomba e estufou as redes: 4 a 1 e três estrelas no peito.
PARTIDAS
- Qual a final com o maior número de gols? Brasil 5 x 2 Suécia, decisão da Copa de 58
Na decisão da Copa de 58, na Suécia, os donos da casa partiram para cima do Brasil e abriram o placar logo aos 3 minutos, com Liedholm. O empate do Brasil veio seis minutos depois.
Garrincha driblou dois marcadores e cruzou rasteiro para Vavá empatar. A Seleção Brasileira não diminuiu o ritmo e virou o marcador aos 32 minutos, em mais um cruzamento de Mané aproveitado por Vavá. No segundo tempo, o domínio brasileiro foi total.
Pelé fez o terceiro aos 10 e Zagallo marcou o quarto aos 23. A Suécia ainda diminuiu aos 35 com Simonsson, mas aos 45 minutos Pelé deu o tiro de misericórdia anotando o quinto, de cabeça.
- Qual a maior goleada da história? Hungria 10 x 1 El Salvador na Copa de 82
Pelo início arrasador, a impressão era de que estava surgindo para o mundo uma nova máquina húngara. A reedição da seleção magiar de Puskas, Kocsis, Czibor e Boszik, que encantou o planeta no Mundial de 54, na Suíça. Mas a Hungria, que triturou El Salvador por 10 a 1 na Copa de 82, a maior goleada da história das copas, não passou de fogo de palha.
No jogo seguinte, perdeu para a Argentina por 4 a 1 e se despediu da competição com o empate de 1 a 1 com a Bélgica. No jogo histórico, quem acabou fazendo a festa doi Kiss (3), Nylasi (2), Fazekas (2), Poloskei, Toth e Szentes, autores dos gols húngaros. Ramirez fez o gol de honra de El Salvador.
- Qual o jogo com maior número de cartões? Alemanha x Camarões pela Copa de 2002
Alemanha x Camarões, jogo válido pela primeira fase da Copa de 2002, foi quente. É a partida com o maior número de cartões distribuídos em mundiais. O árbitro espanhol Antonio Lopez Nieto aplicou 16 amarelos e dois vermelhos.
Tudo para coibir o festival de pontapés e cotoveladas. Quando a bola rolou sem ser interrompida pelo antijogo, os alemães foram mais eficientes e venceram por 2 a 0, gols de Bode e Klose, eliminando os africanos.
Os atletas advertidos foram os seguintes: Camarões - Marc-Vivien Foé, Rigobert Song, Bill Tchato, Geremi Njitap, Salomon Olembe, Patrick Suffo (amarelo e vermelho), Lauren Etame-Mayer. Alemanha - Carsten Jancker, Dietmar Hamann, Michael Ballack, Carsten Ramelow (amarelo e vermelho), Oliver Kahn, Christian Ziege e Torsten Frings.
TÉCNICOS
- Qual o maior técnico da história? Rinus Michels, inventor do Carrosel Holandês
Chamado em 1974 pela Real Federação Holandesa de Futebol para dirigir a seleção na Copa de 74, na Alemanha, Rinus Michels, entrou para a história. O treinador fez com que sua equipe adotasse o futebol total.
O time se estruturava num esquema 4-3-3 dinâmico, onde todos atacavam e todos defendiam. Não havia posições fixas já que todos os jogadores circulavam com e sem a bola num carrossel mágico que deixava os adversários tontos.
A circulação era a chave do sucesso da Laranja Mecânica com constantes variações pelas beiradas do campo. Já em 74 o Carrossel Holandês marcava sob pressão, tentando asfixiar o rival em seu próprio campo. O sistema funcionou tão bem que a Holanda chegou a disputar o título mundial. Perdeu para a Alemanha por 2 a 1, mas Michels acabou sendo eleito pela Fifa em 99 como treinador do Século.
- Qual o único técnico a participar de cinco copas por países diferentes? Bora Milutinovic (86, 90, 94, 98, 2002)
Bora Milutinovic tem a honra de ser o técnico que dirigiu cinco seleções em edições de mundiais. Sua primeira Copa foi a do México em 86. Quatro anos depois, na Itália, comandou a Costa Rica, adversário do Brasil na primeira fase.
Em 94, assumiu o comando dos Estados Unidos e amargou a eliminação novamente diante de uma equipe brasileira. Na França, em 98, foi o treinador da Nigéria. No Mundial de 2002, na Coreia do Sul e no Japão, esteve à frente da China. Nesta Copa de 2010, Parreira também comandará cinco seleções diferentes em cinco Copas.
- Qual o único técnico bicampeão mundial? Vittorio Pozzo, Itália, nas copas de 34 e 38
Único treinador bicampeão mundial, o jornalista italiano Vitorio Pozzo, dirigiu a Itália nas campanhas vitoriosas de 1934 e 38. Assumiu o cargo devido à amizade com o ditador Benito Mussonili.
O Duce achava que o jornalista, que militava na imprensa, reunia todas as virtudes para ser o comandante da Squadra Azzurra no Mundial de 34. Ainda mais em casa. Pozzo é também o recordista de partidas como treinador da seleção italiana. Em toda a carreira dirigiu a Azzurra em 95 partidas, com 63 vitórias, 17 empates e 15 derrotas.
Fonte: MSN Esportes